Administração Municipal realiza reunião sobre o abastecimento de água em Nova Petrópolis

Na terça-feira, 7 de janeiro, o prefeito de Nova Petrópolis, Daniel Carlos Michaelsen, e o vice-prefeito, Alexandre da Silva, realizaram uma reunião sobre o abastecimento de água no Município com representantes da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan/Aegea), autoridades locais e estaduais, empresários, presidentes de associações de moradores e vereadores de Nova Petrópolis. A reunião aconteceu no Gabinete Oficial da Prefeitura e teve como objetivo discutir as necessidades atuais e futuras do sistema de abastecimento de água em Nova Petrópolis, os desafios enfrentados e as soluções viáveis que possam garantir um serviço mais eficiente e sustentável para a população.

As principais pautas tratadas na reunião foram:

• Proximidade com a comunidade de Nova Petrópolis, onde serão feitos grupos de WhatsApp com as Associações de Moradores, prefeito, vice-prefeito, vereadores e representantes locais e da CORSAN para relatar especificamente a falta de água em cada bairro, prezando por um contato mais direto e uma informação mais clara e alinhada.
• Ampliação da rede de água, com a possível instalação de um reservatório na localidade de Linha Olinda.
• Comunicação mais objetiva, informando à população de onde vem o abastecimento de água em cada região do município e como ele funciona.

FALTA DE ÁGUA EM NOVA PETRÓPOLIS E SOLUÇÕES ATUAIS

Conforme o superintendente regional de relações institucionais da Corsan/Aegea, Lutero Cassol, a falta de água em Nova Petrópolis nos últimos dias aconteceu por conta de dois episódios: falta de energia elétrica generalizada e colocação de uma estrutura de vazão maior para suprir a demanda, mas que teve rompimentos.

“Nós estamos em um processo de ampliação de sistema, nós trocamos o sistema antigo por um novo e, na sequência, tivemos alguns rompimentos na adutora. A partir da perfuração dos poços na região de São José do Caí, nós incrementamos dois terços de água no sistema. Mas, para essa água chegar em todas as residências, nós precisamos passar por algumas obras e essas obras também passaram pela instalação de um bombeamento novo. Há pouco dias, nós tínhamos um bombeamento único que distribuía água para a malha em geral, porque não tem uma adutora específica, que é a que está sendo feita. De 11, nós passamos para 27 litros por segundo, e durante essas obras tivemos intercorrências, o que gerou uma mudança nas tubulações”, afirma Cassol.

O diretor de operações da Corsan/Aegea, Rodrigo Lacerda, ressalta que são utilizados geradores para casos críticos de interrupção no fornecimento de energia elétrica. “A falta de energia afeta todo nosso sistema, tanto os reservatórios, como o abastecimento e a distribuição de água”, diz.

Lacerda também salienta que a Corsan atua em diversas frentes para garantir o abastecimento de água à população, como o apoio de caminhões pipa, direcionamento de pesquisa geofone, que está andamento, e o modelo hidráulico de toda a rede de abastecimento, que já foi concluído.

Segundo ele, ainda, o sistema de abastecimento de água em Nova Petrópolis é adequado e a falta de água ocorre em momentos pontuais.

“Estamos frequentemente fazendo ajustes no nosso sistema, buscando a melhor tecnologia para nossa operação e para o abastecimento de água no município e, por vezes, enfrentamos desafios. Temos água o suficiente para a população, o grande desafio atual é a distribuição de água. A infraestrutura de abastecimento precisa ser aprimorada, especialmente nas áreas com mais demanda. O nosso foco é que a água chegue de forma igualitária em todos os bairros, enfrentando as dificuldades encontradas e garantindo que o munícipe tenha acesso contínuo à água potável”, disse.

O gestor da região das Hortênsias, Rafael da Rosa, destaca a importância do Centro de Operação Integrado (COI) para a identificação de anomalias no abastecimento de água e também ressalta que o registro de protocolos sobre o desabastecimento de água é essencial para mapear os problemas identificados.

“O COI é um sistema de atuação remota que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e que encaminha à equipe técnica da Corsan os problemas identificados. Mas, esse sistema só vai funcionar para os técnicos e para a comunidade se forem gerados protocolos porque o mapa de calor no sistema é que vai identificar o problema. No momento que eu tenho numa rua um protocolo aberto ou dez protocolos abertos, isso tem diferença. Um protocolo pode ser um problema no ramal de uma residência, dez protocolos pode ser um sinal de que eu tenho um desabastecimento na rua inteira. Então, é importante protocolar as faltas de água porque isso alimenta o sistema. Precisamos ter uma comunicação mais eficiente com a comunidade, mas os protocolos são fundamentais para gerar o histórico e o mapeamento de determinado local”, explica Rosa.

SOBRE O ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM NOVA PETRÓPOLIS

O sistema de abastecimento de água é realizado por meio de captação superficial, seguida de tratamento e distribuição na Estação de Tratamento de Água (ETA), com uma capacidade de produção de 50 l/s. Atualmente, estão em operação as captações da Barragem Arroio Santa Isabel e do Arroio Ackermann. Para a captação subterrânea, são utilizados três poços, com produção estimada em 47 l/s.

Estão distribuídos pelo município 25 reservatórios, com capacidade total de 1.573.000 litros. A rede de distribuição possui, aproximadamente, 130 quilômetros de extensão, atendendo cerca de 9.286 economias.

INVESTIMENTOS EM NOVA PETRÓPOLIS

De acordo com o gerente executivo de operações da Corsan/Aegea, Maico Santos, desde julho de 2023, a companhia já investiu mais de R$  7 milhões  em obras para Nova Petrópolis. Entre os principais investimentos, estão:

• Implantação de um reservatório no Bairro Vila Germânia de 100 mil litros, (R$ 400 mil);
• Perfuração de três poços, localizados em São José do Caí e Vale Verde, o que aumentou a capacidade de abastecimento de água para 129 mil litros por hora (R$ 2,5 milhões).
• Implantação de adutoras para interligar os novos poços a rede de abastecimento (R$ 500 mil);
• Nova Subestação no Arroio Ackermann, aumentando a eficiência e a garantia operacional do sistema, além de reduzir o risco de interrupções em caso de falhas ou manutenções (R$ 1 milhão);
• Ampliação de 7 Km de rede na Rua dos Ackermann e Rua Adolfo Michaelsen (R$ 850 mil);
• Modernização dos dispositivos de segurança coletiva, reduzindo os riscos operacionais e aumentando a eficiência do tratamento (R$ 360 mil);
• Melhorias nas estruturas dos poços, boosters e reservatórios, aumentando a vida útil das estruturas e a segurança operacional (R$ 300 mil);
• Pesquisa com Geofone de vazamentos ocultos em 91 Km do município (R$ 15 mil);
• Implantação de sistema de bombeamento para aumento da capacidade de distribuição da água dos poços implantados, aumentando de 11 L/s para 30 L/s (R$ 1,5 milhões);
• Regularização da pressão e ar na rede com a instalação de VRP’s e ventosas.

Além das obras citadas acima, está em construção um novo trecho de 1,7 Km de adutora nos poços de São José do Caí, obra que tem previsão de término para março de 2025 e que conta com um investimento de R$ 1,6 milhões.

A Prefeitura de Nova Petrópolis fez um registro da reunião através de uma ata, com ajuda do assessor jurídico Rodrigo Spier.

PREOCUPAÇÃO DAS AUTORIDADES

O prefeito de Nova Petrópolis, Daniel Carlos Michaelsen, ressalta que o abastecimento de água é uma das principais preocupações da Administração Municipal e que a Prefeitura está à disposição da Corsan para encontrar soluções aos problemas identificados.

“Não podemos aceitar que nossos munícipes fiquem sem água, que é um direito fundamental. A Prefeitura sempre buscará as melhores alternativas, unindo esforços e garantindo que nossa cidade tenha a segurança hídrica que merece, tanto para nosso morador como para nosso turista”, disse.

Para o vice-prefeito de Nova Petrópolis, Alexandre da Silva, o retorno da Corsan à comunidade sobre as informações de abastecimento de água no Município precisa ser claro e transparente.

“A população tem direito de saber o que está acontecendo, o motivo da água estar faltando em determinados momentos. Não podemos esconder os problemas, temos que resolvê-los o quanto antes. Muitos munícipes relatam vazamentos de água e a Corsan precisa encontrar soluções, afinal, a água é uma necessitada básica”, destaca Silva.

Para o deputado estadual, Elton Weber, é preciso trabalhar de forma estratégica para garantir que a água chegue a todas as casas de forma contínua e sem interrupções. “Sabemos das dificuldades frequentes que a Corsan enfrenta, por isso, é essencial ter um plano B, caso seja necessário realizar intervenções no sistema”, comentou.

Também estiveram na reunião o secretário municipal de Planejamento, Coordenação, Trânsito e Habitação, Cláudio Boff; o diretor de relações institucionais da Aegea, Fabiano Dallazen; o gerente de relações institucionais da Aegea, Cesar Faccioli; e o gestor da Corsan de Nova Petrópolis, Maicon Schmitz.  

Crédito das fotos: Jordana Kiekow | Comunicação PMNP