Secretaria de Saúde e Assistência Social
Policial militar realizou palestra em Nova Petrópolis na sexta-feira, 13 de agosto
“É muito difícil quebrar o círculo da violência contra a mulher, mas não é impossível”, enfatizou a Capitã Bibiana Beck Menezes, da Brigada Militar, durante palestra realizada em Nova Petrópolis na sexta-feira, 13 de agosto. A militar esteve no Município para apresentar detalhes do seu trabalho junto à Patrulha Maria da Penha. O evento marcou o encerramento das atividades alusivas aos 15 anos de existência da Lei Maria da Penha.
A abertura da palestra foi realizada pela coordenadora especial de Políticas para Mulheres e Idosos da Prefeitura de Nova Petrópolis, Liriane Kintschner. Entre as autoridades presentes à palestra, o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde e Assistência Social, Martim Wissmann, e representantes do comando local e regional da Brigada Militar.
Capitã Bibiana explicou que as 64 unidades da Patrulha Maria da Penha existentes no Rio Grande do Sul atuam principalmente para garantir o cumprimento das medidas protetivas da Justiça, que visam a segurança das vítimas de violência doméstica.
A partir de sua experiência junto à Patrulha Maria da Penha, Capitã Bibiana afirmou que em 70% dos casos de violência doméstica, o registro de ocorrência é suficiente para cessar as agressões. “A Lei Maria da Penha é muito eficiente. Mas para que ela funcione, é preciso haver o registro das ocorrências. E sabemos que muitas das vítimas acabam não fazendo”, afirmou.
De acordo com a policial militar, em média, passam-se oito anos até que as vítimas de violência doméstica façam o primeiro registro de ocorrência. “As estatísticas nos mostram que 76% das vítimas de feminicídio não têm registros de ocorrência contra os seus agressores”.
Na avaliação da palestrante, dada a eficiência comprovada da Lei Maria da Penha, as vítimas de violência doméstica precisam ser encorajadas e dispor de meios para denunciar os seus agressores.
Fotos: Francis Limberger | Comunicação PMNP