Secretaria de Educação, Cultura e Desporto
Documento foi entregue durante a abertura oficial do 29º Ronco do Bugio, em São Francisco de Paula
A comunidade cultura de Nova Petrópolis oficializou o apoio à candidatura do ritmo musical “Bugio” como de Patrimônio Imaterial do Brasil. Um documento, no qual é manifestado o apoio, foi entregue ao Município de São Francisco de Paula no dia 26 de agosto, durante a abertura oficial do 29º Ronco do Bugio.
A entrega do documento de apoio foi realizada pelo diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de Nova Petrópolis, Gilnei Mücke; pela professora Rose Dagmar Krauspenhar, que representou o Conselho Municipal de Políticas Públicas Culturais; e por Fábio Guaragni, do CTG Pousada da Serra, entidade autora da propositura.
A proposta de apoio ao reconhecimento foi apresentada pelo CTG Pousada da Serra e aprovada pela comunidade de Nova Petrópolis durante a 8ª Conferência Municipal de Cultura, no dia 27 de abril.
De acordo com a proposta, o primata bugio é espécie encontrada nas matas do Rio Grande do Sul e, ao imitar o ronco do animal num jogo de foles do acordeon, surgiu o ritmo musical que leva o mesmo nome. Da música, surgiu a dança que também se inspira no andar do macaco, aplicando passos de polca com um leve salto.
Desta forma surgiu o Bugio, música e dança genuinamente gaúchas que se popularizaram pelas gaitas e versos dos Irmãos Bertussi após a gravação do primeiro bugio em vinil, no ano de 1955: “Casamento da Doralice”.
A música e dança se espalharam pelo Rio Grande do Sul e, atualmente, são apreciadas em bailes de entidades tradicionalistas, sociedades em geral, grandes shows, emissoras de rádio e programas musicais de televisão. Festivais de música foram criados especialmente para celebrar o ritmo musical: O Ronco do Bugio, de São Francisco de Paula, e o Querência do Bugio, de São Francisco de Assis.
Ao manifestar apoio à candidatura do ritmo musical “bugio”, para que seja reconhecido como Patrimônio Imaterial em todas as esferas atingíveis, a comunidade cultural de Nova Petrópolis entende que haverá a “chancela oficial daquilo que, na prática, já é fato e contribui para a preservação da criação artística genuinamente gaúcha e brasileira”.
Crédito da foto: Júlia Junkes/Comunicação PMNP