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02/02/2023

Confira alguns cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti

Cartilha publicada pela Fiocruz traz medidas que ajudam a quebrar o ciclo de reprodução do mosquito

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E se você pudesse evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti com apenas uma verificação semanal em sua casa, com duração de dez minutos? Essa é a proposta da cartilha “Dez Minutos Contra o Aedes”, publicada recentemente pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde. O documento traz recomendações que já têm sido repassadas pela Vigilância Ambiental em Saúde do Município de Nova Petrópolis, para que a população ajude a eliminar focos do inseto com práticas simples.

A cartilha apresenta informações gerais sobre os cuidados no ambiente doméstico e um guia de ação para que a população coloque em prática, realizando checagens uma vez por semana. “O mosquito Aedes aegypti vive dentro e ao redor das nossas casas. A fêmea espalha seus ovos por muitos lugares”, diz um trecho transcrito no material.

Essa explicação sobre o mosquito viver dentro e ao redor das residências é reafirmada pelo diretor da Vigilância Ambiental, Rafael Altreiter, que destaca ainda o aumento do número de focos em todo o território do Rio Grande do Sul. Por isso, “é importante a participação dos cidadãos, porque o mosquito está dentro de casa”.

A cartilha “Dez Minutos Contra o Aedes” pode ser acessada clicando no link a seguir (www.ioc.fiocruz.br/dengue/folder.pdf) ou na galeria de documentos abaixo.

 

Recomendações

A cartilha da Fiocruz traz uma série de orientações e práticas que podem evitar a proliferação do mosquito, como a vedação de caixas d’agua, limpeza de calhas e proteção de ralos com telas. De acordo com o material, toda essa verificação pode ser feita em dez minutos e se soma a ações maiores, executadas pelos órgãos de saúde e limpeza urbana nos municípios. Confira abaixo essas recomendações:

- Galões, tonéis, poços, latões e tambores devem ser vedados para evitar o acúmulo de água e a entrada do mosquito.

- Objetos que podem acumular água devem ser eliminados. Se não for possível, os pneus, por exemplo, devem ser guardados em locais cobertos, e as garrafas vazias armazenadas com o bocal para baixo.

- Em quintais e áreas de serviço, os baldes devem ser guardados virados para baixo, para evitar acumular água.

- As bandejas do ar condicionado devem ser limpas para impedir que a água fique represada. Outra opção é descartar a bandeja.

- É importante evitar também o acúmulo de água em bandejas de geladeira.

- Elimine vasos de planta, para não juntar água. É possível também mantê-los, mas com a indicação de preencher com areia e limpá-los toda semana com remoção mecânica de qualquer vestígio do inseto.

- No caso de plantas que acumulam água, como bromélias, é indicado esvaziá-las semanalmente virando o vaso para que escorra.

- Lonas que são usadas para cobrir objetos devem ser mantidas bem esticadas, para evitar a formação de poças.

- Piscinas e fontes devem ser limpas e tratadas com produtos específicos.

 

Porquê agir uma vez por semana?

Conforme exemplificado na cartilha, o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti dura em torno de sete a dez dias. “Se a verificação e eliminação dos criadouros for realizada uma vez por semana, podemos interromper o ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos”, informa o material. Esse ciclo de vida considera desde o ovo até a fase adulta do mosquito.

Outra questão abordada na cartilha e que é reforçada pelas equipes da Vigilância Ambiental de Nova Petrópolis é a verificação de locais pouco comuns ao mosquito. “Por isso é tão importante que as pessoas permitam a entrada dos agentes nas residências, para garantir um cuidado extra na conferência dos locais que podem servir de criadouro”, destaca a agente de Combate a Endemias, Daniela Jaeger Chaves.

 

Cenário epidemiológico em Nova Petrópolis

Em 2022, os agentes de combate a endemias encontraram 418 criadouros do mosquito Aedes no município, o que representou um salto em relação a 2021, quando foram notificados 244 focos. Até a terceira semana de janeiro de 2023, haviam sido registrados 15 focos.

Em relação ao número de casos de dengue, foi verificado aumento em 2022, sendo diagnosticadas 16 pessoas com a doença. No ano anterior não foi registrado nenhum caso. Em 2023, até o momento, não há registro de casos confirmados.

 

Sintomas e denúncias

A Secretaria de Saúde orienta que caso algum morador de Nova Petrópolis queira informar sobre locais que podem estar servindo de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, comunique a Vigilância Ambiental em Saúde pelo telefone (54) 3298-2665 ou no email ambiental@novapetropolis.rs.gov.br.

 

Crédito da foto: Adriana Rabassa/Comunicação PMNP

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