Emaia de Nova Petrópolis totaliza 5.711 atendimentos no primeiro ano de atividades

Uma casa no bairro Logradouro, em Nova Petrópolis, tem sido espaço para a escuta e o acolhimento de jovens e crianças que passaram ou estão vivenciando situações de violência ou algum tipo de sofrimento mental. No local, psicólogos e outros profissionais da área assistencial estão sempre dispostos a ouvir e ajudar aqueles que precisarem. Esse é o Espaço Multidisciplinar de Atenção à Infância e Adolescência (Emaia), criado pela Prefeitura no ano passado, e, que, neste sábado, 27 de maio, completa 1 ano de funcionamento.

Neste período, a equipe do Emaia realizou 5.711 atendimentos ao total, sendo 533 apenas no mês de abril de 2023, entre sessões de psicoterapia, fonoaudiologia, pedagogia, e os atendimentos em grupo. Semanalmente cada profissional do serviço atende de 30 a 35 pacientes que passam pelo local.

A coordenadora de Políticas para a Saúde Mental da Prefeitura, Carina Correa da Silva, conta que o Emaia nasceu da necessidade da rede municipal em prestar um atendimento mais especializado ao público infanto-juvenil, que, até então, era recebido no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) ou em outros serviços que não tinham condições de oferecer um cuidado mais individualizado para cada situação desses usuários. “O Emaia foi um projeto feito a muitas mãos e que hoje faz toda a diferença”, destaca Carina.

O espaço multidisciplinar se tornou uma referência para as famílias nova-petropolitanas, pois encontraram um local para buscar ajuda nas mais diversas situações. “A equipe escuta, acolhe e auxilia nos mais diferentes assuntos. São conflitos familiares; fases de descoberta da sexualidade; momentos de ansiedade, angústia e perdas; quando é necessária uma mediação; e sempre que há sofrimento em relação ao futuro; enfim, os profissionais se dedicam a colaborar para que esses usuários consigam resolver seus problemas”, afirma a coordenadora.

Uma equipe entrosada

A equipe não é muito grande, mas tal qual uma família, atua com entrosamento para promover a escuta e o acolhimento de todos os usuários que chegam procurando por ajuda. No Emaia trabalham três psicólogos, uma fonoaudióloga e uma pedagoga, que recebem o auxílio de uma estudante de psicologia e de toda uma rede de profissionais de saúde, educação e assistência social. Eles se desdobram para garantir a atenção que crianças, adolescentes e suas famílias precisam de forma humanizada e individual.

A psicóloga Thais Sampaio Born, que começou os atendimentos em psicoterapia no Emaia, e atualmente coordena o Caps de Nova Petrópolis, relata que inicialmente os pacientes eram encaminhados pelos serviços da rede pública (escolas, postos de saúde, Conselho Tutelar, etc), mas, com o passar do tempo, a população entendeu que poderia procurar ajuda diretamente.

Os atendimentos são divididos entre o público infantil e o adolescente. Os jovens, em maioria, passam pelos psicólogos Luis Gustavo Gelain e Mariane Birk, enquanto as crianças pela psicóloga Ana Carolina Rossoni. Na equipe também estão a estudante de psicologia Jamile Albarello, a pedagoga Simone Seibel, e a fonoaudióloga Carla Maria Gomes.

Além das sessões de terapia, o Emaia oferece grupos de apoio e oficinas de arte e de atividade física. Os grupos são divididos por faixa etária (de 6 a 8 anos, e de 9 a 12 anos). Já as aulas de arte são oferecidas no próprio prédio e também na Academia de Saúde, e envolvem grafite, pintura e rap, sendo ministradas por José Francisco de Souza, o Frank. Por fim, as atividades físicas são promovidas pelo educador Geovani Amorim, que também atua no Caps.

Onde encontrar o Emaia

O Espaço Multidisciplinar de Atenção à Infância e Adolescência (Emaia) funciona na rua Pastor Hunsche, 315, no bairro Logradouro, ao lado do Hospital Nova Petrópolis. O público pode buscar atendimento por livre demanda, sem necessidade de agendar, às terças e quintas-feiras, das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h. Os demais dias da semana são dedicados aos encaminhamentos feitos por outros serviços. Mais informações sobre o serviço podem ser conferidas pelo telefone (54) 3298-2673.   

Crédito: Adriana Rabassa/Comunicação PMNP