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06/04/2021

Secretaria de Saúde e Assistência Social

Nova Petrópolis está em situação de alerta por causa dos focos do Aedes aegypti

Entre janeiro e fevereiro o número de focos encontrados aumentou em mais de 100%

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Entre janeiro e fevereiro de 2021, Nova Petrópolis teve um aumento de mais de 100% no número de imóveis com focos do mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como a dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela. O levantamento mensal é realizado pela Vigilância Ambiental em Saúde, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social.

Conforme o “Painel Aedes aegypti”, no período de janeiro/fevereiro foram encontrados focos do mosquito em 69 imóveis da zona urbana. Na etapa de dezembro/janeiro foram 33. E, no último levantamento de 2020 (novembro/dezembro), foram encontrados 10 focos.

Na rodada de visitas realizadas entre janeiro e fevereiro foram contemplados 6.850 imóveis. São dois funcionários efetivos da Vigilância Ambiental em Saúde e cinco funcionários contratados emergencialmente encarregados das visitas. Eles coletaram 1.229 larvas, das quais 285 eram do Aedes aegypti. Também foram coletadas 159 pupas, sendo 34 do Aedes. E foram capturados 34 mosquitos adultos e 31 eram da espécie transmissora do vírus da dengue. As análises são realizadas em laboratório próprio da Secretaria Municipal de Saúde.

Agora são oito bairros com focos do mosquito: Centro (18 focos), Pousada da Neve (15), Piá (11), Logradouro (10), Vila Germânia (5), Juriti (5), Bavária (3) e Recanto do Sossego (2). Neste momento, as placas itinerantes da campanha de prevenção ao Aedes aegypti encontram-se na Vila Germânia.

 

SITUAÇÃO DE ALERTA

Nova Petrópolis é considerada infestada pelo Aedes aegypti desde abril de 2018. Em outra classificação, o Município acaba de entrar em situação de “alerta”. Isso porque em fevereiro foi realizado o LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti). A partir destes dados o Município passou para a classificação de “alerta” para transmissão de dengue, zika vírus ou febre chikungunya.

A escala do LIRAa possui três níveis: satisfatório, alerta e risco. Até fevereiro, Nova Petrópolis estava no nível satisfatório.

 

FEBRE AMARELA

A Vigilância Ambiental em Saúde de Nova Petrópolis alerta também para a febre amarela, que é uma arbovirose, doença causada por vírus e transmitida por vetores artrópodos. No Rio Grande do Sul o vírus é transmitido pela picada do Haemagogus leucocelaenus, espécie nativa de mosquito com ampla distribuição no meio silvestre e, por isso, não passível de controle.

O Aedes aegypti também tem capacidade vetorial de transmitir a doença, mas o ciclo urbano está erradicado no Brasil desde 1942. A única forma de evitar a febre amarela é com a vacinação, que é gratuita e está disponível nas unidades básicas de saúde em qualquer época do ano.

O Rio Grande do Sul não registrava a presença do vírus causador da febre amarela desde 2009. Contudo, este ano, já foram confirmadas mortes de bugios pela doença em André da Rocha, Antônio Prado, Barracão, Campestre da Serra, Capão Bonito do Sul, Esmeralda, Ipê, Lagoa Vermelha, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra, Rolante e Vacaria.

No Rio Grande do Sul existem 3 espécies de primatas não humanos (PNH): o macaco-prego e os bugios preto e ruivo. “Reforçando o informado anteriormente, estes animais não transmitem a doença, eles são sentinelas da circulação do vírus amarílico e são afetados como nós pelo vírus. As epizootias (ocorrência de adoecimento ou morte em uma população animal) de PNH podem preceder a ocorrência da doença em humanos”, afirma o coordenador da Vigilância Sanitária e Ambiental em Saúde, Rafael Aguiar Altreiter.

A presença de PNH vivos ou aparentemente saudáveis em uma determinada região não significa risco para febre amarela. “Estes primatas são importantes para a saúde pública e para o ecossistema e não devem ser agredidos ou mortos. Caso a população encontre um animal aparentemente doente ou morto, deve comunicar imediatamente a Secretaria de Saúde que procederá as ações necessárias de registro, monitoramento e/ou coleta de material biológico”, reforça o coordenador. 

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