conteúdo do menu
conteúdo principal
18/01/2023

Nova Petrópolis registra redução de focos do Aedes, mas cuidados devem seguir

Cidade teve 16 casos confirmados da doença em moradores em 2022

COMPARTILHAR NOTÍCIA

*Atualizada às 11h34min.

Apesar da redução registrada no número de focos do mosquito Aedes aegypti no último semestre de 2022, a Secretaria de Saúde de Nova Petrópolis orienta que os moradores mantenham os cuidados para evitar nova proliferação do inseto, principalmente nos meses mais quentes, quando as temperaturas mais elevadas e as chuvas podem ajudar a aumentar a infestação. No ano passado foram confirmados 16 casos de pessoas com dengue na cidade. Em 2021, nenhum caso foi verificado. 

Comparativamente, a primeira metade do ano passado em relação aos últimos seis meses, apresentaram reduções do número de focos. O diretor da Vigilância Ambiental em Saúde, Rafael Altreiter, ressalta que, apesar da queda, a população precisa manter as medidas de prevenção para evitar novos focos.

Rafael destaca que em 2022 o número de locais com focos do mosquito aumentou bastante, e isso aconteceu em todo o Rio Grande do Sul. Ao total, foram contabilizados 418 criadouros positivos no município, contra 244 no ano anterior. “É importante a participação de todos os cidadãos, porque o mosquito está dentro de casa”, ressalta.

 

Estratégias

Para enfrentar o aumento de focos e segurar os casos das doenças causadas pelo Aedes, Nova Petrópolis investe na instalação de armadilhas; nos levantamentos de índices rápidos de infestação e reforça as inspeções em imóveis e pontos estratégicos; na colocação de placas informativas itinerantes; nas ações educativas com o público infantil, além de publicações nas páginas oficiais da Prefeitura e fixação em locais públicos do Painel Aedes com informações atuais de casos e focos no município. A Vigilância Ambiental também promove campanhas de recolhimento de pneus inservíveis ao longo do ano.

Somado ao trabalho dos agentes de combate a endemias, em novembro, foram colocadas as “ovitrampas” em vários pontos da cidade, permitindo a coleta dos ovos do mosquito e o monitoramento da presença do vetor da dengue na cidade. Essa estratégia é uma iniciativa do governo estadual, usada em 20 municípios do RS, para frear o avanço do inseto.

“Nossos agentes visitam regularmente mais de 80% dos imóveis de Nova Petrópolis a cada dois meses, então pedimos que a população colabore e receba as equipes em casa, para garantir o cuidado com os depósitos que podem se tornar criadouros, evitando que o inseto se prolifere”, pede Rafael.

 

Bairros com focos

Conforme o levantamento feito pela Vigilância Ambiental, no último período analisado do ano de 2022 (novembro e dezembro), os bairros com mais focos do mosquito foram Piá, Vale Verde – com três pontos em cada – e Pousada da Neve – dois focos. Além deles, na Vila Germânia, Logradouro e Recanto dos Plátanos foram encontrados um foco em cada. Nos demais bairros não foram encontrados focos.

Rafael Altreiter destaca que ao longo de 2022, Logradouro, Pousada da Neve e Vale Verde haviam sido as localidades que mais apareceram pontos de criadouros do Aedes. Porém, no último levantamento, Logradouro apresentou redução. "A conscientização da população e ações desenvolvidas pela Vigilância estão entre os motivos para essa diminuição”, esclarece o diretor.

Entre as orientações indicadas para evitar a proliferação do inseto em casa estão não deixar água parada nos pratos das plantas, escovar a borda dos recipientes dos vasos e potes, evitar deixar reservatórios (como cisternas de coleta de água) destampados ou sem tela, desobstruir calhas de chuva, entre outras medidas, que são indicadas pela Vigilância Ambiental.

 

Principais criadouros

Outro dado que está na apuração da Vigilância Ambiental e que merece destaque são os locais que são focos do mosquito. Ao longo do ano passado, caixas d’agua, lonas, toneis, pneus e baldes serviram de criadouro para o causador da dengue. Mas o diretor Rafael Altreiter destaca que alguns locais pouco comuns também têm sido espaço para que o inseto deposite os ovos, como é o caso das bromélias, que apareceram no último levantamento. “As  bromélias são um reservatório natural de água e  não possuem um papel importante na proliferação do mosquito. Estudos indicam o baixo índice da presença de formas imaturas do vetor. Normalmente estes criadouros representam menos de 2% dos locais onde se encontram as larvas", afirma.

Rafael explica ainda que a Vigilância Ambiental não orienta a remoção da bromélia e nem a aplicação de inseticidas comuns nela, que podem afetar a planta. Regar as bromélias com um jato forte, até transbordar o líquido, uma vez por semana, pode remover as larvas e interromper o ciclo de desenvolvimento do Aedes. Essas ações podem ajudar no controle da infestação nesses reservatórios.

 

Sintomas e denúncias

A Secretaria de Saúde orienta as pessoas que, ao sentirem sintomas característicos da dengue, como febre alta, dores no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e de cabeça, além de manchas vermelhas pelo corpo, que procurem atendimento médico para receber o diagnóstico e o tratamento adequado.

Caso algum morador de Nova Petrópolis queira informar sobre locais que podem estar servindo de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, pode comunicar a Vigilância Ambiental em Saúde pelo telefone (54) 3298-2665 ou no email ambiental@novapetropolis.rs.gov.br.

 

Crédito da foto: Francis Limberger/Comunicação PMNP

Outras Notícias