Parte de meteorito encontrado em Nova Petrópolis retorna à cidade

O vice-prefeito de Nova Petrópolis, Gregor Hermann recebeu o Doutor Klaus Keil, um dos maiores especialistas em meteoritos do mundo, e a professora Doutora associada ao II Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Elizabeth Zucolotto, que estudou o meteorito encontrado em Nova Petrópolis, no Gabinete Oficial. A secretária de Educação, Cultura e Desporto, Cíntia Rafaela Hansen Reisdoerfer; o secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Daniel Camargo e o secretário de Administração, Bruno Seger também recepcionaram os especialistas, no dia 12 de setembro.

O Dr. Klaus Keil, professor e cientista alemão, chefiou um dos setores especializados em meteoros da NASA, na década de 1960. Está no Brasil palestrando sobre meteoros nas principais universidades do País. Acompanhou a Dra. Elizabeth na entrega do meteorito em Nova Petrópolis por conhecer o trabalho desenvolvido pela professora. Doutorada em Engenharia Metalúrgica e de Materiais pela UFRJ e graduada em Astronomia, a Dra. Elizabeth estudou o meteorito encontrado em Nova Petrópolis e sua história.  

“No mundo científico, Nova Petrópolis é conhecida pelo meteorito que foi encontrado na cidade. Adoro estudar meteoritos e quando fiquei sabendo deste quis conhecer sua origem. Visitei o Município diversas vezes e conversei com os moradores da localidade. Meu objetivo, além de divulgar meteoritos, é trazer para Nova Petrópolis mais um detalhe da sua incrível história”, disse a pesquisadora Dra. Maria Elizabeth Zucolotto.

O meteorito, que pesava 305 quilos, foi encontrado em 1968, no leito da Rua Vicente Prieto, na localidade de Pinhal Alto, por servidores públicos que trabalhavam na abertura da via. Classificado como octaedrito médio, metálico, a pedra foi recolhida por Ruben Hansen, pai da Secretária Cíntia, e por Carlos Renato Hennemann, que compunham a equipe que encontrou o meteorito, na época.

“Era uma pedra muito diferente. Carregamos o meteorito na máquina, mas era tão pesado que a concha da retroescavadeira pendia para o lado. Procuramos mais daquela pedra, mas não encontramos. Todos a chamavam de “pedra misteriosa”, porque quando iria chover a pedra suava”, contou Ruben Hansen.

O médico e colecionador científico, Hardy Grunewaldt comprou a “pedra que chora” na época e doou cerca de dois terços do meteorito para o Museu Nacional. Grunewaldt teve acesso ao meteorito por meio do diretor do Colégio Bom Pastor e seu amigo Vitor Gans. Antes disso, fragmentos do meteorito foram enviados para a Alemanha como objeto de análise.

A peça será exposta no Museu Histórico do Parque Aldeia do Imigrante. Um local específico será preparado para receber este fragmento da história de Nova Petrópolis. “No ano em que o Município completa 60 Anos de Emancipação, esta é mais uma importante contribuição para a trajetória de Nova Petrópolis. Ficamos muito gratos pelo contato da Dra. Elizabeth e estamos muito felizes em receber parte do meteorito e poder compartilhar esta história com a comunidade e visitantes”, concluiu o vice-prefeito, Gregor Hermann.