Secretaria de Administração
Técnica que eletrocuta plantas infestantes foi testada em ruas dos bairros Juriti, Bavária e Centro, em que pavimento é de pedras irregulares
O prefeito de Nova Petrópolis, Jorge Darlei Wolf, conferiu, nesta quarta-feira, 28 de junho, o resultado da experiência com a capina elétrica, técnica utilizada para a limpeza de vegetações infestantes em ruas com pavimento de pedra irregular. O equipamento aplica choques elétricos na planta, que morre por falta de circulação. Nesse teste, foram investidos R$ 16,8 mil em recursos próprios do Município, que busca solucionar uma demanda da população.
Os testes com a capina elétrica iniciaram na cidade na segunda-feira, dia 26, pela rua Guilherme Schumann, no centro. Em seguida, o maquinário chegou ao bairro Juriti, onde percorreu todas as ruas. Por fim, na rua 25 de Julho, na Bavária, foram concluídos os 14 mil metros lineares inicialmente contratados pela Prefeitura junto à empresa Ecoherb Capina Elétrica.
Durante a vistoria, o prefeito foi acompanhado pelo secretário de Administração, Bruno Seger, e pelo representante da Ecoherb, Adriano Zanette, este que respondeu dúvidas a respeito do uso da técnica de capina que eletrocuta as vegetações; da periodicidade para aplicação da tecnologia; e da sua eficácia frente às previsões climáticas. Equipe da Secretaria de Obras e Serviços Públicos também participou.
Concluídos os testes com a capina elétrica no primeiro perímetro contratado da cidade, o Poder Público parte agora para o processo de avaliação dos resultados e levantamento de custos a partir do planejamento de outros locais que poderão receber o serviço.
Como funciona a capina elétrica
De acordo com o engenheiro agrônomo da Ecoherb, Adriano Zanetti, o equipamento utilizado é montado preferencialmente em cima de um trator, que por ser compacto e possuir uma tomada de potência, facilita a instalação e o uso. “O maquinário produz uma energia elétrica elevada, cerca de 120 kVA (valor da fonte motriz de geração de energia) e até 175 ampere (medida da corrente elétrica); passa por um software; e possui dois eletrodos instalados na frente, um positivo e outro negativo, com corrente contínua como a de bateria. Ao aplicar essa corrente no vegetal, é um processo mecânico, a planta morre por falta de circulação, é instantâneo”, explica.
A capina elétrica atua de duas maneiras, a depender do tipo de planta. Nas pivotantes, como a guanxuma, em que a raiz é profunda, a eletricidade é letal em uma única aplicação, logo não há rebrota. Já nos casos das fasciculadas, que possuem uma espécie de “cabeleira”, como as gramíneas, a eletricidade atinge as raízes mais grossas, mas não consegue matar as raízes finas que ficam nas adjacências, então pode haver a rebrota. Porém, o profissional reforça que essa rebrota acontece com menor intensidade, e, com o passar do tempo, e de novas capinas com eletricidade, a tendência é que haja o enfraquecimento.
Em relação a periodicidade de aplicações da capina elétrica, o engenheiro agrônomo esclarece que se trabalha com uma média de quatro ações anuais, a cada três meses, nos locais. Mas isso dependerá do clima e do tipo de vegetação presente.