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12/05/2023

Secretaria de Educação, Cultura e Desporto

Rede municipal de ensino recebe formação sobre o Transtorno do Espectro Autista

Encontro foi proporcionado pela Prefeitura de Nova Petrópolis para profissionais da educação

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Profissionais da rede de ensino de Nova Petrópolis participaram, nesta sexta-feira, 12 de maio, de uma formação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), na sala Edio Spier da Sicredi Pioneira. A capacitação foi organizada pela Prefeitura e ministrada por uma equipe dos centros regional e macrorregional TEAcolhe do governo do Estado, com o objetivo de preparar as equipes das escolas para lidar com as diferentes características de estudantes que vivem com o autismo.

O prefeito Jorge Darlei Wolf e a secretária de Educação, Cultura e Desporto, Gislaine Machioro Leal, participaram do encontro com os profissionais da rede – formada por escolas públicas e privadas, Apae de Nova Petrópolis e o Espaço Multiprofissional de Atenção à Infância e Adolescência (Emaia) do Município. O chefe do Executivo, além de agradecer a adesão dos professores e demais servidores da educação ao curso, também ressaltou a importância que o Poder Público dá para essa área.

“A menina dos nossos olhos é e sempre foi a educação, e pra nós é indiferente se a instituição é pública ou privada. A questão da inclusão tem sido cada vez mais direcionada ao ambiente escolar, e precisamos estar preparados, então é muito necessária a participação de vocês hoje aqui", destacou o prefeito durante a abertura do evento.

A capacitação aos professores, coordenadores pedagógicos, supervisores educacionais e outros profissionais da rede de ensino de Nova Petrópolis, foi promovida pela Secretaria de Educação, Cultura e Desporto, com o objetivo de implementar a Lei Estadual 15.322/2019 que instituiu a Política de Atendimento Integrado à Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo no Estado.

 

Capacitação sobre autismo

A capacitação oferecida pela equipe dos centros regional e macrorregional TEAcolhe da Serra Gaúcha, tratou sobre o autismo na escola e as estratégias para atendimento dos alunos. O psicólogo do Centro Regional, Alisson Rozo, falou sobre as características que podem identificar uma pessoa com TEA e que existem três níveis de suporte que servem para entender o grau de severidade desse transtorno. Também colaboraram a coordenadora do Centro Macrorregional TEAcolhe da Serra, Juliane Zalamena; a fonoaudióloga Ana Paula Dosso; e a psicóloga Thamyres Speransa.

A capacitação tratou ainda sobre os hábitos de vida que podem estar fazendo com que haja maior prevalência de pessoas com autismo, porém, foi destacado que não há uma causa única, pois há muitos fatores que podem influenciar, e que não se trata de uma doença.

Outra informação apresentada pelos profissionais do TEAcolhe foi o aumento de casos diagnosticados. Conforme uma pesquisa americana realizada com crianças na faixa dos 8 anos de idade, em 2020, há prevalência de um caso com diagnóstico para cada 36 pessoas. Esse número já foi menor – em 2010, por exemplo, era um caso a cada 110 pessoas.  

A importância da identificação das pessoas com autismo por meio de documentos e do uso de itens ligados à causa (como cordões e broches com o símbolo de um quebra-cabeça colorido), também foi abordada durante a capacitação. Crianças, jovens e adultos que possuem essa síndrome, em geral, não têm características físicas como acontece com a Síndrome de Down, por exemplo, o que torna difícil a prioridade nos serviços públicos e privados, conforme determinam as legislações existentes sobre o tema.

Em função dessa dificuldade de identificação, e para, também, auxiliar no acompanhamento do número de casos e viabilizar a criação de políticas públicas voltadas a esse público, foi criada a “Carteira de Identificação da Pessoa com TEA”. O documento traz uma série de informações, como o nome, filiação, endereço, tipo sanguíneo e até mesmo as medicações utilizadas.

O curso também foi composto por atividades que envolveram a elaboração de uma anamnese para identificar o perfil de cada aluno; e um plano individualizado, com orientações; ferramentas que poderão auxiliar no trabalho desempenhado nas escolas.

 

Crédito: Adriana Rabassa/Comunicação

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