Vigilância Ambiental de Nova Petrópolis atua para bloquear o avanço da dengue no município

Antes mesmo do Governo do Estado decretar situação de emergência em saúde pública em todo o território gaúcho, no início desta semana, a Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde e Assistência Social de Nova Petrópolis já atuava para evitar o avanço de focos do mosquito Aedes aegypti e de casos de dengue no município. Como resultado desse trabalho dos agentes de combate a endemias, a cidade não está entre as mais afetadas pelo vetor na região, possuindo até essa quinta-feira, 14 de março, sete casos confirmados de dengue e 87 focos do mosquito encontrados.

O diretor da Vigilância Ambiental, Rafael Altreiter, afirma que as equipes realizam o bloqueio dos casos positivos para evitar a proliferação do vetor e a transmissão da dengue e direcionam as ações conforme as “ovitrampas” – armadilhas para o mosquito – indicam os locais mais infestados. “Vistoriamos imóveis, atendemos às denúncias que chegam através da população, e fazemos também ações informativas com a comunidade”, destaca.

Recentemente, no dia 2 de março, os agentes da Vigilância Ambiental promoveram uma blitz na sinaleira da avenida 15 de Novembro, esquina com a rua Frederico Michaelsen, para informar os munícipes sobre os cuidados para se ter em casa e que podem evitar que o Aedes se reproduza, além de formas de se proteger da picada do mosquito, como o uso de repelentes e de telas de proteção nas residências.

O Município possui oito agentes de combate a endemias em atuação, e os profissionais da Vigilância Ambiental estão disponíveis para participar de encontros promovidos pela comunidade, com o objetivo de levar mais informação a todos. No início desta semana, por exemplo, promoveram palestra em reunião do grupo de artesanato Mãos Unidas. Caso outros grupos se interessem em receber as equipes, podem entrar em contato com a Secretaria de Saúde pelo telefone (54) 3298-2650.

Dados atuais

Nova Petrópolis também registrou casos de dengue e focos do mosquito. Até essa quinta-feira, 14 de março, 87 focos do inseto foram encontrados em pontos do Centro, Bavária, Vila Germânia, Logradouro, Piá, Pousada da Neve, Recanto do Sossego, Vale Verde e Juriti. Somado a isso, foram sete casos de pessoas infectadas pela dengue, mas sem necessidade de internação.

Apesar do número alarmante de casos de dengue e de focos em cidades da região, Nova Petrópolis não está entre as mais afetadas na região e nem no Rio Grande do Sul.

Orientações para a comunidade

O diretor da Vigilância Ambiental, Rafael Altreiter, reforça que o mosquito Aedes aegypti está principalmente dentro das residências ou próximo delas, por isso é muito importante que os moradores realizem, uma vez por semana, uma inspeção em sua propriedade e área próxima para eliminar qualquer recipiente que tenha capacidade de reservação e fique desprotegido.

“Importante observar que reservar água da chuva em cisternas, baldes e tonéis é uma ação ambiental e até econômica valiosíssima, mas é necessário fazer sem colocar em risco a saúde de todos. Então, nesses casos, tampar ou colocar tela para que o mosquito não consiga fazer daquele recipiente um criadouro em potencial é fundamental”, esclarece Rafael.

O uso de repelentes, principalmente por pessoas com suspeita ou confirmadas para a dengue, é outro cuidado que pode fazer a diferença. Também é muito importante observar o uso correto do produto e o tempo de proteção que oferece, pois hoje há diferentes fórmulas que conferem 2h, 4h ou até mesmo até 10h de proteção, sendo necessária a reaplicação após esse tempo. Não é indicado o uso de receitas caseiras, apenas fórmulas aprovadas pelo Ministério da Saúde.

Telas nas janelas das casas e mosquiteiros também são ferramentas que podem contribuir para evitar a entrada do mosquito nas residências.

Crédito das fotos: Divulgação/Comunicação PMNP