Vigilância Ambiental de Nova Petrópolis realizou mais de 40 mil inspeções em 2024

A equipe de Vigilância Ambiental em Saúde da Prefeitura de Nova Petrópolis realizou 41.258 visitas a imóveis na área urbana de Nova Petrópolis no ano de 2024. Os agentes de Combate às Endemias verificaram a presença de 339 focos do mosquito Aedes aegypti, espalhados por 277 imóveis do município. A ação tem como objetivo combater a criação do mosquito, que é vetor da dengue, zika, chikungunya e outras doenças.

O coordenador da Vigilância Ambiental de Nova Petrópolis, Rafael Aguiar Altreiter, afirma que a grande quantidade de focos do vetor encontradas no município em 2024 gera preocupação e a necessidade de que as ações de conscientização e controle ao mosquito continuem no município.

“A melhor maneira de combater o Aedes aegypti é não deixá-lo nascer e isso se faz eliminando seus criadouros, que são recipientes com capacidade de acumular água. O vetor é um mosquito doméstico, vive dentro ou próximo de nossas casas, escolas e comércios, por isso, precisamos que a população faça a sua parte. Evitar a doença é um dever de todos nós”, destaca Altreiter.

Aedes aegypti em números

Durante o ano de 2024, foram coletadas 1.085 amostras, totalizando mais de 8.766 exemplares de insetos em suas diversas fases de desenvolvimento, que foram encaminhados para identificação no LIANP/SMS, o laboratório da Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social, responsável pela análise. Desse total, 1.201 eram ovos, 6.798 eram larvas (1.751 identificadas como Aedes aegypti), 764 eram pupas (236 de Aedes aegypti) e quatro eram formas adultas de mosquito (três de Aedes aegypti).

A Vigilância Ambiental do Município também conseguiu identificar os bairros onde o mosquito foi localizado em maior número de imóveis, sendo eles:

• Bairro Pousada da Neve (82 Imóveis)
• Bairro Logradouro (77 imóveis)
• Centro (48 imóveis)
• Bairro Vale Verde (36 imóveis)

Os principais locais onde os focos do vetor foram encontrados, de acordo com Rafael, são cisternas, baldes, lonas, toneis e potes. “Coletar água da chuva e fazermos uso desse recurso natural é uma ação ambiental importantíssima, mas é preciso ter cuidado para que esses recipientes não se tornem criadouros do mosquito,” diz.

No último ano, foram registrados 222 casos suspeitos de dengue no Município. Destes, 53 confirmados para a doença, sendo a maioria considerados casos importados.

Altreiter destaca que é importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas da dengue, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.

“A dengue é uma doença que pode ter um curso benigno ou se apresentar de forma grave. Ela é causada pela picada do mosquito fêmea infectado com o vírus. Os sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo e náuseas, mas existem pessoas que não apresentam qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos no nariz e na gengiva, dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal“, afirma.

Ações para combater o Aedes aegypti

Altreiter explica que uma das ações realizadas pela equipe de Vigilância Ambiental de Nova Petrópolis para combater o mosquito Aedes aegypti é a colocação de ovitrampas em locais estratégicos do município. As ovitrampas são armadilhas onde a fêmea do mosquito realiza a colocação de seus ovos. Este recurso possibilita o monitoramento da distribuição espacial e da densidade populacional do vetor.

“Com as ovitrampas, conseguimos coletar mais de mil ovos do mosquito em 2024, o que permitiu direcionar as ações da Vigilância Ambiental para os bairros em que foi observada maior infestação do vetor. Isso gerou a realização de forças-tarefa em algumas localidades da cidade. Nessas visitas, os agentes explicaram para a população a importância do combate ao mosquito e mostraram como é possível fazer a eliminação de seus criadouros”, disse Rafael.

No ano de 2024, foi realizada uma campanha de recolhimento de pneus inservíveis, que, segundo Altreiter, costumam se tornar pontos de acúmulo de água e potenciais focos do vetor. Segundo ele, para o ano de 2025, estão programadas mais duas campanhas, uma que deve ser realizada em abril e outra em outubro.

Também em 2024, a equipe da Vigilância Ambiental de Nova Petrópolis realizou palestras em empresas do município e visitou as escolas, onde os agentes orientaram as crianças no controle do vetor através de um teatro de fantoches. Os agentes de Combate às Endemias ainda estiveram em eventos públicos da cidade, realizaram diversas inspeções em pontos estratégicos, fizeram quatro levantamentos de índice rápido de infestação e foram responsáveis pela elaboração de 6 Painéis Aedes aegypti, dentre outras ações.

Além disso, Rafael destaca que estão espalhadas pelo município placas informativas e itinerantes, onde a população encontra, de forma simples e objetiva, informações e orientações sobre o combate ao mosquito dentro das residências.

Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti

Em novembro de 2024, foi realizado o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) em Nova Petrópolis. O objetivo da ação é identificar os bairros ou as áreas com maior risco de transmissão de dengue. Segundo Rafael, o levantamento apresentou índices satisfatórios, indicando baixo risco de transmissão das doenças causadas pelo Aedes aegypti no município.

“Apesar disso, é importante manter a vigilância e o controle do vetor, afinal, entramos no período sazonal da doença. Estamos em época de temperaturas elevadas e as chuvas volumosas alimentam os criadouros com água, o que permite uma proliferação maior do vetor e um decorrente aumento de casos da doença”, conclui o coordenador da Vigilância Ambiental de Nova Petrópolis.

Crédito das fotos: Arquivo | Prefeitura de Nova Petrópolis