Secretaria de Saúde e Assistência Social
Agentes do Município realizaram mais de 15 mil inspeções em imóveis nos quatro primeiros meses deste ano
Os agentes de combate a endemias da Prefeitura visitaram 80% dos domicílios da área urbana de Nova Petrópolis durante os quatro primeiros meses de 2023, é o que revela o Painel Aedes, apresentado pela Secretaria de Saúde nesta semana, com dados até o dia 30 de abril.
Neste trabalho, focado no combate ao mosquito Aedes aegypti, os profissionais da Vigilância Ambiental em Saúde verificaram a presença de 256 focos do vetor, espalhados por 203 imóveis, o que gera preocupação e a necessidade de que as ações de conscientização e controle ao mosquito continuem no município.
“A melhor maneira de combater o mosquito é não deixá-lo nascer, e isso se faz eliminando os criadouros, que são quaisquer recipientes com capacidade de acumular água. O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, vive dentro ou próximo de nossas casas e comércios, precisamos que a população faça a sua parte. Evitar a doença é um dever de todos nós”, destaca o diretor da Vigilância Ambiental, Rafael Altreiter.
Aedes em números
Conforme o Painel Aedes, que a Prefeitura de Nova Petrópolis divulga periodicamente, foram identificados 256 focos do mosquito em 203 imóveis da cidade, em aproximadamente 15,1 mil visitas realizadas por sete agentes de endemias. Nesse trabalho, que percorreu aproximadamente 80% dos imóveis urbanos, foram coletadas 762 amostras, totalizando mais de 6,9 mil exemplares de insetos, em suas diversas fases de desenvolvimento, para análise. Deste total 2.413 eram ovos, 3.991 eram larvas (1.009 de Aedes aegypti), 565 eram pupas (225 de Aedes aegypti) e duas formas adultas de mosquito (um era Aedes aegypti). Tendo relação com esses totais, é importante ressaltar que foram confirmados três casos de dengue até o dia 8 de maio na cidade.
O levantamento também apontou os bairros onde o mosquito tem sido localizado em maior número de imóveis. A Vila Germânia (41 imóveis), o Piá (36 imóveis), o Vale Verde (32 imóveis) e o Pousada da Neve (31 imóveis), foram as localidades que apresentaram os maiores registros.
Os principais locais onde os focos do vetor são encontrados, de acordo com o diretor Rafael Altreiter, são as caixas d’agua (cisternas), lonas e pequenos recipientes móveis, como baldes, potes, tonéis e regadores.
Ações para combater o Aedes aegyti
Em novembro de 2022, uma das estratégias implementadas pela Vigilância Ambiental foi a instalação das “ovitrampas”, armadilhas que permitem o monitoramento da distribuição espacial e da densidade populacional de Aedes aegypti, ao longo do ano, através da coleta de ovos.
As “ovitrampas” já renderam seis ciclos de observação em Nova Petrópolis, e permitiram priorizar e direcionar as ações para os bairros em que foi observada maior infestação do vetor. Isso gerou a realização de forças-tarefa nos bairros Vale Verde, Piá e Vila Germânia, por exemplo, que figuram entre as três localidades com maior número de imóveis com focos do inseto. Para esse trabalho, houve a colaboração entre os agentes de endemias e os comunitários de saúde.
Além da observação in loco, as forças-tarefa também permitiram maior acesso à população e às residências. Nessas visitas, os agentes explicaram a importância do combate ao mosquito, considerado o vetor da dengue, zika e chikungunya, e a eliminação de seus criadouros.
Outra medida importante realizada no primeiro semestre de 2023, e que deve se repetir no mês de outubro, é a realização da campanha de recolhimento de pneus inservíveis, que costumam se tornar pontos de acúmulo de água e potenciais focos do vetor. Nessa ação, no mês de abril, foi dado destino correto a mais de 90 pneus, entregues pela comunidade nova-petropolitana.
Curso disponível para a comunidade
A Secretaria Estadual da Saúde, através da Escola de Saúde Pública (ESP), em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde e com o Conselho Estadual de Saúde, disponibiliza a “Capacitação de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika”, em modalidade de ensino à distância e autoinstrucional.
O curso aborda aspectos básicos necessários ao combate à doença, no intuito de formar e capacitar multiplicadores e conscientizar a sociedade civil de que todos devem participar dos esforços para o combate à doença.
A atividade tem carga horária de oito horas. A capacitação visa ampliar a difusão de informações sobre as doenças e formas de evitar sua proliferação, bem como possibilitar que cada cidadão compartilhe todas as informações necessárias para o enfrentamento das doenças.
O curso pode ser acessado através do endereço https://ead-hml.saude.rs.gov.br/ .
Crédito da foto: Francis Limberger/Comunicação PMNP
Confira na galeria abaixo os mapas produzidos pela Vigilância Ambiental do Município.